Meu futuro é um borrão estranho e disforme e esquisito onde não vejo nada menos do que tenho pretensão de ver. É um vórtice de espaço-tempo onde gravita apenas minha inconstância inerte e inerente à matéria do meu curioso ser. É uma tela de mil por mil metros onde enxergo tudo preto branco vermelho e colorido até demais, meio igual aos sonhos, meio igual à realidade, um pouco de pintura abstrata e voilà, quem sabe Pablo Picasso não tenha iniciado nesta tela seu maravilhoso cubismo em sua fase rosa? Ou quem sabe, não. Ou quem sabe, quem sabe?
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
Etéreo
Meu futuro é um borrão estranho e disforme e esquisito onde não vejo nada menos do que tenho pretensão de ver. É um vórtice de espaço-tempo onde gravita apenas minha inconstância inerte e inerente à matéria do meu curioso ser. É uma tela de mil por mil metros onde enxergo tudo preto branco vermelho e colorido até demais, meio igual aos sonhos, meio igual à realidade, um pouco de pintura abstrata e voilà, quem sabe Pablo Picasso não tenha iniciado nesta tela seu maravilhoso cubismo em sua fase rosa? Ou quem sabe, não. Ou quem sabe, quem sabe?
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
O mundo é cão, Sebastião.
domingo, 1 de novembro de 2009
Sinestesia da anestesia.
Pra ser sincera, não faço a mínima idéia do porquê de eu estar escrevendo isso. É, de fato, não sei. Talvez seja porque eu ando etérea demais ultimamente. É ele, ele de novo. Ele sempre. Por favor, senhor "homi da unicamp e da fuvest lá", me dá um tempo, vai. Tem tanta coisa mudando, eu estou mudando, o mundo tá mudando, meu pé crescendo, meu cabelo desbotando, meus amigos indo e ficando e voltando e dando voltas e mais voltas, minhas unhas coitadas sendo cruel e terrivelmente roídas por um nervosismo arraigado, meu namorado, meus pais, meu cachorro, tudo tudo tudo girando e rodopiando e caleidoscopicando a ponto de me enlouquecer e você aí, achando que é a única pessoa digna de atenção que existe na face da terra. Me poupe da sordidez de sua existência, senhor homi.
Já faz tempo que não consigo conviver com um duende sossegada, já faz tempo que não perco meu tempo na frente do computador, faz tempo que eu não dou uma hidratada no meu cabelo (que também preciso pintar e cortar), já faz tempo que eu não saio no meio da tarde pra ficar fazendo absolutamente nada em lugar nenhum, séculos e séculos que eu não sei o que é ler um livro até o fim (estou lendo três ao mesmo tempo! E o pior: os três que eu estou lendo merecem atenção individual e triplicada. Acho que vou tirar no palitinho.), enfim, se alguém aí ainda souber o que significa viver ou qualquer outro sinônimo pra isso, por favor, me chama.
É como dizia Vinícius: é melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe, é assim uma luz no coração... mas Vinícius, não lembro mais o que é isso. Vou ver a minha sinestesia de novo. Quem sabe não tem alguma coisinha pequenininha escondida por lá.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Por trás do Backstage*
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Not so far.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Täglich
Uma janela. Aguns adesivos de jeans, uma cortina e uma vista. Duas árvores. Mil estrelas. Movimentos cósmicos. Átomos de hidrogênio. E de hélio. Reações químicas. Alguns planetas, outro tanto de luas, um sol vagando por aí. Um par de olhos. Curiosos e observadores. Movimentos sutis.
Uma televisão. Ligada. Um programa sensacionalista e emburrecedor. O tédio. O tédio. O tédio. Uma idéia. Um disco de vinil. Uma música. Uma cama. Um par de olhos. Fechados.
Mais sinapses. Mais pensamentos. Mais lembranças. Mais sensações. Dois ou três nós na garganta. Um chiado. Uma agulha. Fim do disco.
Cores. Formas. Um vazio. Um par de olhos muito bem fechados. O mesmo par de olhos. Muito abertos. Imagens P&B. Um lugar estranho. Construções inacabadas. O meio da tarde. Pássaros. Areia. Terra. Muros. Buracos grandes de janelas. Vestes no estilo do começo do século. O passado, é claro. Passos. Largos, curtos, errantes, certeiros. Círculos. Oscilantes. Espiralados...
Cores. Formas. Um vazio. Um par de olhos muito bem abertos. O mesmo par de olhos. Muito fechados. Imagens coloridas. Sensação de estar num lugar conhecido.
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Quant le nostalgie...
Feliz dia dos namorados à todos aqueles que estão compromissados hoje. Tenham a fineza de passar bem longe de mim com seus fofinhos, tchutchuquinhos, cuticutinhos e nenenzinhos, porque eu nem sei mais quantos dias dos namorados eu passei solteira! Mato mesmo ;)
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Para falar da morte de alguém que amo.
Acostuma-te à lama que te espera!
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Postei mesmo pra simbolizar a morte repentina de alguém que amo muito. Alguém que criei, perdi noites de sono e dias a me dedicar, alguém que mudou a mim mesma para depois partir sem motivo aparente. Alguém que amava como amiga, como filha, como mãe. Alguém que me deve sua vida, e ao mesmo tempo devo minha vida a ela.
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Sonho de uma tarde de verão.
"Talvez seja verdade que duendes existam, que fadas estão por aí, que fiandeiras teçam nosso destino aos pés de uma árvore. Faz-me bem esta crença. Faz-me bem cheiro de terra com lenha. Faz-me bem tardes chuvosas com músicas nostálgicas. Faz-me bem o ato de mexer no cabelo dos outros. E faz-me bem mexerem no meu cabelo.
Passei a definir a minha verdade. Definitivamente, não quero seguir nessa estrada com um peso morto em minhas costas. Não quero segurar uma pedra onde minha opinião foi gravada a ferro por terceiros. Pretendo escrevê-la a lápis num bloco de notas barato, para que ela possa estar sempre aberta a mudanças. Lapidá-la-ei com o tempo, com a mesma calma que um joalheiro lapida um delicado diamante. Só quero que no final ela valha todo o meu esforço. Valha cada passo dado, cada centímetro desta jornada.
Mas enquanto eu estiver caminhando, vou me demorar todo o tempo que for possível. Vou sentar em todas as copas de árvores grandes e confortáveis onde eu souber que existam serezinhos mágicos. Vou olhar em cada espelho que souber que poderá aumentar minha neurose quanto a cabelos, espinhas, sobrancelhas. Vou parar em cada esquina onde tocar um som vibrante de rock'n'roll e eu souber que lá posso encontrar pessoas rindo e batendo os cabelos. Vou me afastar da minha personalidade para ser dominada por alguma outra bem mais interessante em cima de um palco, e pretendo me demorar o maior tempo possível por lá. Explorarei os cantos mais sujos desta nova personalidade, procurando nela alguma explicação para a minha própria. Vou sentar em algum lugar macio [às vezes, nem tão macio assim], fechar os olhos e viajar para outros mundos na primeira nota de flauta que me vier à mente. Pretendo me sentar numa pedra e contemplar o pôr-do-sol em todos os dias que chovam bastante, esses mesmos que deixam o final da tarde com um lindo brilho rosa e laranja. Quero parar em algum lugar e ler romances folhetinescos à luz de vela. Outras vezes, não precisam ser tão folhetinescos e nem tão precariamente iluminados assim.
De uma coisa eu tenho certeza, mesmo que seja a filosofia mais barata do mundo: este segundo não volta, e não tenho chance de consertá-lo a menos que eu faça o próximo valer dez vezes mais a pena. Portanto, é só isso que quero a partir de hoje: fazer valer a pena. Não importa como, quando, onde e nem por que. O que importa é que tudo deve valer a pena. "
Parido por mim, em algum dia frio de dezembro de 2008.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Balada para um louco.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Sobre ser ou não ser - gauche na vida.
segunda-feira, 25 de maio de 2009
O tempo não pára
Só sei que ando muito cansada.
É incrível a capacidade que ando tendo de deitar e dormir durante horas a fio. Ou mais ainda, deitar e não conseguir dormir durante horas a fio. Agora, não me perguntem o porquê. Era só o que eu queria saber: pra onde vai me levar todo esse stress.
Me colocando onde eu quero, tá bom.
Mas desde quando eu sei o que quero?
Como post de inauguração gostaria de postar alguma coisa que me fizesse bem, mas exaustão é a única coisa que me vem à cabeça. E de tão exausta por só pensar em exaustão, me sinto exaustivamente cansada para escrever um post que não causaria metade da exaustão que horas de biblioteca me causam. Inclusive, é fantástico escrever quando quero, como quero, na hora que quero... mas agora alguma força maior, sobrenatural e quentinha chamada cama me atrai de um modo assombroso. E olha só, ainda são 21h45!
Acho que está bom por hoje. Não ficou lindo como eu planejava e nem péssimo como eu temia.
Isso foi um post. Só um post, sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada.